sexta-feira, 28 de maio de 2010




Era uma vez um planeta mecânico,

lógico, onde ninguém tinha dúvidas
havia nome pra tudo e para tudo havia explicação
até o pôr-do-sol sobre o mar era um gráfico
adivinhar o futuro não era coisa de mágico
era um hábito burocrático, sempre igual
explicar emoções não era nada ridículo,
havia críticos com métodos práticos
cá pra nós, tudo era muito chato
era tudo tão sensato, difícil de aguentar
todos nós sabíamos de cor
como tudo começou e como iria terminar
mas de uma hora pra outra,
tudo o que era tão sólido desabou,
no final de um século raios de sol na madrugada de sábado, radical!
foi a pá de cal.
Não sei mais de onde foi que eu vim
porquê é que estou aqui,
para onde devo ir
cá pra nós, é bem melhor assim:
desconhecer o início, ignorar o fim

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